Entre... as ruas de Londres | Inglaterra | A chegada!


Eu sei, eu sei, este post e os que se vão seguir da continuação da minha viagem de 2018 estão barbaramente atrasados, foram "só" 5 anos de atraso, em que mudei de cidade, de emprego, de vida, meteu-se uma pandemia pelo meio e tudo, coisa pouca... no entanto, eu tardo mas não falho (!), então aqui vai:
Há aqui fotos com qualidade que deixa a desejar, mesmo muitooooo a desejar.... especialmente as que ia tirando enquanto andava, sem parar para focar nem qualquer outro cuidado, basicamente ia clicando no botão de disparo e rezava para que alguma se aproveitasse.... 

Infelizmente, nesta viagem ainda não tinha a minha Canon, usava um smartphone Lumia 640 XL com Windows Phone cujo sistema operativo já nem sequer era atualizado pela Windows. Foi nesta mesma viagem a Londres que desisti da Windows Phone, que abandonei a minha lealdade de anos e anos à Nokia, e comprei um Xiaomi com sistema operativo Android.

A nível de PC ainda me mantenho fiel à Windows, não tivesse eu um curso profissional de Master Windows que custou um balúrdio aos meus pais, em 2004 e que durou dois anos da minha vida a terminar, todos os sábados, além da escola toda a semana, portanto... há que render!

Nesta viagem, aquele Nokia não estava a funcionar como deve ser, não tinha atualizações, e houve uma altura em que precisei com urgência, desesperadamente (!!!) da APP Gogole Maps, ou qualquer uma parecida, e o telemóvel falhou redondamente, não só não ajudou como ainda me prejudicou, fez-me andar perdida e perder mais de três horas, levando-me ao desespero...

Mas já lá chegamos, e falando em chegar, a chegada! A minha estreia em Londres!


Então: depois de deixar parte do meu coração em Roma, o entusiasmo de conhecer Londres manteve a minha moral em altas, e falando estar em altas...


Entrar num avião, mais uma vez... a ansiedade, depois de ficar comprovado que sofrer de acrofobia e claustrofobia não é a melhor combinação para entrar num avião fechado a grandes alturas, mas como não sou pessoa de me deixar paralisar pelos meus medos, lá fui eu novamente....






Para me distrair do stress do voo...


Bora lá mete o cinto, caso o piloto decida começar a fazer piruetas...


As hospedeiras a ensinarem a melhor forma de cair do avião...


Quando dei por mim, aos poucos e poucos, ia levantando os olhos da leitura para aproveitar a vista, e cada vez menos me custava estar ali presa em altitude, comecei mesmo a desfrutar das viagens de avião. Hoje, cinco anos depois, posso dizer que adoro andar de avião e já nem penso no facto de estar fechada ou estar tão alto, ou penso que se aparecer o Niel Neeson no avião é sinal de grandes sarilhos, raptos e etc, agora entro para lá cheia de vontade e entusiasmo!

No entanto, para estender a roupa num 1º andar, fico sempre a tremer... vai-se lá perceber... ( ◡́.◡̀)



Desta vez ganhei coragem para ir conhecer o WC no avião, só ainda tinha visto em filmes e queria experimentar.

É extremamente claustrofóbico, não há espaço nem para dar uma palmada numa mosca, mas serve o propósito. Só vos posso dizer que apanhei um dos maiores sustos da minha vida, eu, que me rio nos filmes de terror, enquanto procurava o botão para puxar o autoclismo, de repente, à minha frente, aquilo descarrega sozinho, com um barulho incrível, uma violência desgraçada, foi como se tivessem aberto uma janela em pleno voo, parecia um tornado, e eu a pensar que já me ia lixar e que ia ser sugada pela sanita, eu e o que mais lá houvesse, pelo buraco abaixo! (ㆆ_ㆆ)







Gosto desta parte, quando mandam voltar a apertar os cintos... significa que estamos quase, quase a chegar! ᕙ(^▿^-ᕙ)



Simplesmente AMO as vistas... ♥




Respirar fundo, o primeiro ar britânico nos meus pulmões! E seguir o resto do pessoal, deixei de me preocupar à saída do avião para onde vou, onde é a saída, ... limito-me a seguir o maior grupo de pessoas.

















Saquei do documento que equivale ao meu bilhete para o transfer da National Express, e estava eu -  pensava, sem saber -  à espera do elevador que me levasse lá para fora, pois já estava farta de andar e não chegar a lado nenhum quando, para minha surpresa...




Chega tipo, um metro... dentro do aeroporto! E eu: wtf? ( ≖.≖) Onde é que vou parar? Mas... mais uma vez, limitei-me a respirar fundo e a seguir o pessoal.


O moço ficou a olhar para a minha cara de preocupação...



Finalmente lá chegámos, não fazendo eu a mínima ideia onde...


... para dar por mim ainda no aeroporto... nem imagino o tamanho do Aeroporto Stansted, pois ainda estivemos naquele metro algum tempo, para pura e simplesmente ainda continuarmos no aeroporto... Agora, depois de ter andado por outros aeroportos, já me habituei a estas micro viagens aeroportuárias entre terminais, mas este momento foi um grande assombro para mim.

Muito sinceramente, estava a começar a ficar preocupada em nunca mais conseguir sair dali!.
 ⁀⊙﹏☉⁀




E aqui, pela primeira vez - e que me lembre foi a única - fizera-me a pergunta que se vê nos filmes: "lazer ou negócios?" Uma mulher pediu-me a documentação, e perguntou o que ia lá fazer, quando me ia embora (?) e sei lá mais o quê... comecei a ficar mesmo ralada que me mandassem de volta para a minha terra, mais parecia que não me queriam lá, a olhar bué desconfiada para o meu cartão de cidadão.

Eu só tinha - e tenho - o cartão de cidadão, não tenho passaporte e tinha receio que não fosse o suficiente para entrar em Inglaterra, apesar de eu me ter informado bem junto das entidades competentes antes de me meter nesta viagem, confirmei várias vezes se o CC era suficiente. Agora, em 2023 já não é suficiente para ir ao Reino Unido, por isso estou a pensar fazer o passaporte, também porque quero visitar países em que o CC não é o suficiente, mas nesta altura ainda erao suficiente.

Disse-lhe que estava de férias, a visitar bibliotecas para o meu blog - uma gaja tem de aproveitar sempre para fazer publicidade - , e que me ia embora quando bem quisesse e me apetecesse (esta última parte só pensei para mim, lol!) t(>.<t) 

Disse que ia estar dia e meio, e dali seguia para Dublin. Lá me devolveu o cartão de cidadão com desprezo, depois de ter olhado várias vezes da foto para mim, e de mim para a foto - ainda por cima na minha foto do cartão estou com ar de "procura-se", mas pronto... fui-me embora, a sentir-me uma bandida, sem ter feito nada a ninguém.... (╥﹏╥) 




Estava desesperada à procura da placa EXIT... já não aguentava estar ali naquele aeroporto, só pensava no filme com o Tom Hank «Terminal de Aeroporto», e eu não me queria tornar na sequela... ಥ_ಥ




Lá a encontrei, com grande alívio!


O sinal da National Express, estava no bom caminho... certo?




Onde estão os autocarros? Arre porra!



O bom caminho revelou-se o caminho errado... não era para sair por ali, lá perguntei a um funcionário do aeroporto que por lá andava, tinha de ir apanhar o elevador para o piso 0.... raios parta.... estava mais claustrofóbica ali que no avião! (◡̀_◡́҂)









A dada altura pensava que estava perdida em Nárnia, para lugar nenhum... (◡̀_◡́҂)




Lá vi o raio dos autocarros, finalmente... depois de muito praguejar... 




E lá encontrei o meu...








Finalmente no autocarro certo!


Até tinha alguma leitura meio mastigada para me distrair enquanto entrava o resto das pessoas....



E o que estava dentro da revista? Uma reportagem do que fazer em 72h em Lisboa! ☜(ˆ▿ˆc) 






Depois de passar pelos aforas descaracterizados entre o aeroporto e o centro da cidade, comecei finalmente a ver pela janela aquela Londres que se vê na televisão e é descrita nos livros... ≧◠ᴥ◠≦








Apanhar muito trânsito, para ser tudo bem realista...



Shakespeare a dar-me as boas-vindas! ≧◉◡◉≦







Fui bem atenta às paragens, precisava de sair em Kings Cross, para ver se apanhava o Harry Potter antes de ele entrar no comboio para Hogwarts! (¬‿¬)






Aqui está ela! ≧✯◡✯≦  Kings Cross Station, tal e qual como nos livros e nos filmes!


E os autocarros de dois andares! Uma das coisas que mais amo em viajar, é ver com os próprios olhos o que estava só em ecrãs, papel ou na imaginação....






E o autocarro deixou-me mesmo em frente à... 


Yeah! Mas primeiro, fazer o check-in no hostel, refrescar-me, pousar as coisas para andar com a mochila o mais leve possível.




As cabines que são um ícone!





Foi aqui eu eu fiquei, barato e bem localizado, Clink 261, em Kings Cross. Reservei através da Trivago. Hoje em dia, acho a Booking muito mais barata para estas reservas. Para uma noite aqui paguei 17.69€.


Há pessoas que me dizem que não seriam capazes de dormir num hostel, em beliches, com pessoas estranhas e que provavelmente nem falam a nossa língua. Pois eu, como ex-militar, dormir em casernas tornou-se algo básico, portanto isto não me faz confusão nenhuma, até já tive boas conversas com outros hóspedes, o que me permitiu verdadeiramente praticar o meu inglês, e muito sinceramente, só uso o hostel para dormir umas horas e guardar as minhas coisas, o resto do tempo eu estou a passear por todo o lado. Se der para dormir quatro horas seguidas sem interrupção, já me dou por feliz.


Convém SEMPRE levar um cadeado connosco na viagem! Os hostels dão sempre acesso a um cacifo, mas não a cadeados. Têm cadeados para vender, a preço inflacionado.



Gosto quando as camas têm tomadas individuais...

Comentários