Opinião: Sem culpa | Cara Hunter


SINOPSE: Por vezes, um homicídio não é a pior coisa que pode acontecer.

É meia-noite. Uma chamada para a polícia dá o alerta: algo de errado se passa numa quinta isolada, nos arredores de Oxford.

Na cozinha, é encontrado um corpo baleado à queima-roupa. Tudo aponta para um assalto que correu mal, mas o inspetor Adam Fawley suspeita que há algo mais a contar nesta história.

Quando a polícia descobre a ligação com um caso antigo de grande repercussão, que envolveu o homicídio de uma criança e um alegado erro judiciário, a imprensa fica ao rubro. De repente, a equipa de Fawley está sob o maior escrutínio de sempre.

E, quando se desenterra o passado, muitos esqueletos começam a aparecer.

Um thriller da série Inspetor Fawley

Não só amo a escrita da Cara Hunter, sendo oficialmente a minha autora - feminina - de thrillers preferida de sempre, como adoro o facto de ela basear as suas narrativas em crimes reais.

Adoro a forma como consegue com que eu fique em total suspense, tanto que às vezes dou por mim com a respiração suspensa, e tenho de inspirar e expirar fundo para recuperar o oxigénio nos pulmões, como também é das raras autoras que me consegue apanhar completamente desprevenida, com voltas e reviravoltas completamente imprevisíveis, em que eu fico: "Oh My God No Way!!", é absolutamente brilhante!

Este livro foi inspirado num crime real, que tem um documentário na Amazon Prime - infelizmente aqui em Portugal não aparece no catálogo, terei de arranjar outra forma de o ver - chamado: Exposed: The Case of Keli Lane. 

Adoro a forma tão realista com que a autora transforma os seus livros quase num filme, temos inclusive: imagens de recortes de jornais, sites, e-mails, imagens das mensagens de voz, chat, transcrições de entrevistas e chamadas telefónicas, .... é absolutamente fascinante!

Fiquei completamente obcecada com esta leitura e só descansei quando terminei, apesar de ter ficado com aquela sensação de perda, pois quero sempre mais e mais e mais, quero continuar perdida nestes enredos por ela criados.

Qualquer crime é horrendo, mas os que envolvem infanticídio são os que mais chocam a sociedade.

No entanto, ficaram um par de PORQUÊS em aberto que me deixaram algo frustrada, e esta autora não é uma autora que deixe o enredo em aberto, normalmente no final nunca deixa pontas soltas, fica tudo desvendado.




Mas há especialmente um GRANDE "porquê" - e nisto sinto que a autora falhou neste livro - que ficaria claro se tivesse dado mais destaque aos capítulos onde acompanhamos a Camilla Rowan na primeira pessoa. Os seus actos e pensamentos, tal como já nos têm habituado nos outros livros, em que entramos na mente de quem está a perpetuar ou a compactuar com o crime, mesmo não sabendo quem essa pessoa é, entramos na sua mente, e isso é outro ponto que eu adoro nestas suas narrativas.

Mas neste livro, e sendo a Camilla a personagem mais fascinante de todas, raramente aparece a sua narrativa pessoal, o que estranhei e me deixou algo frustrada, pois "entramos" na mente de imensos personagens que estiveram de alguma forma envolvidos nesta trama, mas na mente da Camilla, que eu tanto almejava sugar, tentar compreender, ficou algo... incompleto.

No entanto, como sempre, é uma leitura vertiginosa e já mal aguento a ansiedade pelo próximo!

Ler por ordem:
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