Opinião: Um Cântico de Natal | Charles Dickens

Um clássico mágico e intemporal sobre o verdadeiro espírito da quadra natalícia.

SINOPSE: Um daqueles raros livros que deu expressão a algo enorme. Acredito que a própria vivência do Natal foi tocada por estas páginas.(…) Uma obra que nos faz pensar e que nos faz sentir. É por isso que continuará a ser lida.

Pessoalmente, não sou particularmente fã de ler um livro depois de ter visto o filme - pois perde-se a emoção do mistério da narrativa, pois é, basicamente, o derradeiro spoiler (!), - e se já muito raramente leio o livro já tendo visto o filme uma única vez, ler o livro depois de ter visto o filme uma boa dezena de vezes? Bem... foi desta!

Uma das minhas tradições natalícias é ver o filme «Um Conto de Natal», a animação com o fabuloso Jim Carrey, já o faço há anos, e às vezes até revejo o filme mais do que uma vez ao longo do ano, e é por gostar tanto do filme e da história em si que quis dar uma oportunidade ao livro, tanto que assim seria também a minha estreia com o autor Charles Dickens, pois sentia-me defraudada por ainda não o ter feito, e que estreia, que estreia!

Antes de mais, o filme é tremendamente fiel ao livro, basicamente estava a ler e a ver todas as imagens do filme na minha mente em perfeita sintonia com a leitura, e não me incomodou minimamente, tanto que, como é óbvio, o livro tem sempre partes que não aparecem no filme, ou que no filme foram alteradas, e o próprio livro oferece uma essência que os filmes não captam, e adorei ambos!

Foi uma leitura muito emocionante e introspectiva.

Também senti extrema urgência em ler o livro depois de ver o filme «The Man Who Invented Christmas», que é um filme biográfico sobre como o Charles Dickens escreveu este livro, é um filme fabuloso, e esta leitura é absolutamente fabulosa!

Fiquei perdidamente fã da narrativa do autor, a escrita fluída e realista, do humor - especialmente o humor negro, absolutamente delicioso -, a intrínseca e cortante crítica social, a introspecção, a forma como capta a essência humana, a par do Oscar Wilde, estou perdidamente encantada com estes dois autores vitorianos, e mal posso esperar por ler mais livros de ambos, pois nestes últimos 100 anos a sociedade pode ter evoluído muito, mas a humanidade continua na mesma...

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