Opinião: Margo | Tarryn Fisher

Em Bone há uma casa. Na casa há uma rapariga. Na rapariga há uma escuridão.
SINOPSE: Margo não é como as outras raparigas. Ela vive em Bone, um bairro abandonado, numa casa decrépita, com a sua mãe negligente que não lhe fala há dois anos. Os dias passam e ela sente-se invisível. O seu mundo vira do avesso quando conhece o vizinho Judah Grant, preso a uma cadeira de rodas, que a ajuda a dar mais sentido à sua vida. Um dia, a tragédia abate-se sobre a pequena comunidade quando uma rapariga de sete anos desaparece.

Judah vai tentar ajudar Margo a descobrir o que aconteceu à menina, mas a revelação da verdade irá despertar uma escuridão no seu interior. Agora Margo está determinada em descobrir molestadores de crianças, e em puni-los, um por um. Mas caçar o mal é perigoso e a jovem arrisca-se a perder tudo, incluindo a sua alma…

Uau... mas que livro! Mas que livro! Que leitura brutal! Já tinha lido várias opiniões relativamente a este livro, que já agora, é uma verdadeira pechincha (!) opiniões positivas e outras não tão entusiasmantes, quando a mim, devorei este livro em poucas horas e fiquei com uma bela ressaca que está a ser complicada de ultrapassar após esta obsessiva leitura! 

É também um livro polémico, em que nos deparamos com casos de pura injustiça, daqueles que temos vontade de fazer justiça pelas nossas próprias mãos, mas não podemos fazer, pois tem de ser a (in)justiça a tratar disso, mas.... e se o fizéssemos? E se o Batman/Super-Homem/Homem-Aranha e similares matassem de vez os "maus da fita" ao invés de os prenderem, havendo a possibilidade de os criminosos voltarem a sair em liberdade e cometerem os mesmos crimes ou piores?

Quantos de nós não adora um bom vilão anti-herói depois de saber a sua história, e se debate com as suas formas de fazer justiça? Quem não gosta do Joker interpretado pelo Heath Ledger e/ou pelo Joaquin Phoenix? No entanto, quando as pessoas começam a fazer justiça pelas próprias mãos, abra-se o caminho para a anarquia... no entanto, infelizmente, o sistema de justiça do mundo inteiro não funciona... e agora?

Para quem gosta de thrillers psicológicos com um toque de psicopatia, é do melhor, uma narrativa fluida, muito intensa, aberta, honesta e sem filtros, crua e dura e muito, muito humana. Aqui está uma duríssima cítica social ao nosso sistema de justiça, desigualdade social e problemas/crises familiares.

Simplesmente adorei!
👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

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