Opinião: O Carteiro de Auschwitz | Joe Rosenblum | David Kohn
Só aqueles que mantêm a esperança são capazes de resistir.
Uma obra-prima inesquecível. Um testemunho impressionante de coragem e sobrevivência.
SINOPSE: O Carteiro de Auschwitz é a história verdadeira de um adolescente a quem tentaram roubar a vida e os sonhos. Apanhado no turbilhão do Holocausto, este jovem sobreviveu a uma sequência de dramas tão angustiantes que se torna difícil aceitá-los como factos reais.Uma confiança inabalável, uma bondade sem limites, um exemplo perfeito de bravura e caráter.Joe Rosenblum era ainda criança quando assistiu à invasão nazi da sua pequena cidade na Polónia. Foi por pouco que escapou à execução em massa de que foi vítima o irmão. Joe mudou-se primeiro para uma quinta, onde trabalhou, e cujos proprietários o protegeram e o ajudaram a prover o sustento da família durante algum tempo. Depois, viu-se obrigado a refugiar-se junto de ex-prisioneiros russos. a sua inacreditável jornada de sobrevivência começa após ser capturado pelos alemães.O mensageiro secreto que sobreviveu ao campo de concentração mais terrível da história.Inteligente, criativo e extremamente pragmático, Joe desafiou a morte, transportou a esperança e deu um exemplo perfeito de humanidade, otimismo e perseverança. com uma bondade sem limites, ele entregou mensagens secretas aos prisioneiros, salvou crianças da câmara de gás e devolveu a luz e a esperança ao coração dos homens num dos períodos mais terríveis da história mundial.Uma poderosa mensagem de fé e esperança na humanidade.
Nem imagino a coragem necessária para os sobreviventes do Holocausto conseguirem narrar desta forma as suas memórias, tenebrosas memórias, memórias de um autêntico inferno na terra, especialmente passados tantos anos e as recordarem com esta intensidade...
Algo incrível nestas memórias que agora surgem, especialmente de Auschwitz - não, não estão só agora a escrever sobre isto nem é uma moda repentina, não da forma algo difamatória como está a ser criticada, mas sim, nota-se um certo aproveitamento nesta temática de Auschwitz, mas.... - tem de se ter em conta que aqui em Portugal, ultimamente estão a traduzir mais livros destes em massa, por isso parece uma "moda", mas este livro, por exemplo, foi originalmente publicado em 2001, e espero que continuem a traduzir muitos mais, mas nestes casos de relatos verídicos em Auschwitz há outras narrativas de pessoas que o viveram e apesar de não se mencionarem uns aos outros, quem lê este tipo de livros apercebe-se de que estas pessoas se cruzaram, quem sabe até se falaram, conviveram, ou quem sabe, num campo tão desalmadamente grande e aglomerado, talvez nunca se tenham visto, mas conheceram as mesmas pessoas, viveram as mesmas atrocidades e assistiram à mesma desumanidade, e contam esses acontecimentos de forma muito semelhante, por exemplo: na questão Mengele, há um cruzamento destas vidas, no livro «As gémeas de Auschwitz» ou no filme «Playing for time», e outros que tenho lido e visto em que há acontecimentos verídicos que cada um narra da forma como o viveu, como por exemplo, os contactos directos com Mengele ou a explosão de um dos crematórios como sabotagem do "Underground"...
Nota-se na leitura que a narrativa volta e meia dá voltas sobre o mesmo, repetindo-se, mas é o que torna esta leitura fascinante, pois é como se estivéssemos a acompanhar as memórias em directo, como se estivéssemos a ter uma conversa com o autor, como se ele estivesse a partilhar de uma forma íntima os seus sentimentos, a sua história, a sua dor e alegria directamente connosco...
Venham mais relatos, precisamos de muitos, pois nota-se cada vez mais que a história está a ficar esquecida, há até quem não acredite! Havia judeus em campos que não acreditavam no que acontecia noutros campos, especialmente em Auschwitz e Dachau, e se eles que passavam por horrores não queriam acreditar em crematórios e em câmaras de gás, imaginem quem apenas dá esta matéria por alto na escola ou quem nunca é sequer confrontado com esta parte negra da história da humanidade!
Só lamento pelos milhares de relatos perdidos, que nunca chegaram a ser contados, diários destruídos, e traumas demasiado dolorosos para se colocar por escrito...
pois todos os relatos parecem ser poucos para que as pessoas principalmente os mais jovens se lembrem do que se passou nesses campos de horrores e morte livros como estes sao testemunhos que ninguem quer que volte a acontecer
ResponderEliminarSem dúvida! ❣
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