Opinião: A Carta | Kathryn Hughes

O livro que garantidamente irá partir o seu coração.
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SINOPSE: Às vezes surge uma história de amor assim, para nos lembrar de que, nas horas mais sombrias, a esperança pode iluminar o caminho.
Billy Stirling sabia que agira como um tolo com a namorada, mas estava preparado para reparar as suas ações. No dia 4 de setembro de 1939, um dia depois de a Inglaterra ter declarado guerra à Alemanha, ele sentou-se para escrever a carta que, esperava ele, iria mudar o seu futuro. E mudaria… mas de maneiras que ele nunca poderia imaginar.
Tina Craig anseia por escapar às garras do seu marido violento. Trabalha até à exaustão para poupar dinheiro suficiente que lhe permita deixá-lo, ao mesmo tempo que presta voluntariado numa loja de caridade para evitar o seu lar infeliz. Um dia, ao percorrer os bolsos de um fato em segunda mão deixado na loja por um homem idoso, encontra uma carta antiga, selada e por abrir. Tina abre a carta e lê-a, uma decisão que afetará o rumo da sua vida.
A Carta traz-nos a história de duas mulheres, nascidas com décadas de diferença uma da outra, cujos caminhos estão destinados a cruzar-se, quando a perdição de uma delas conduz à salvação da outra.


Fui com as expectativas demasiado elevadas para a leitura deste livro... se bem que já receava que fosse o caso... é o único livro que li que têm a crítica - positiva - da minha autora preferida, Lesley Pearse, e se a emocionou a ela e pelos vistos "ao mundo inteiro" comigo não seria diferente, certo?

Bem..... nem por isso... 
A premissa não é tão original quanto isso, a história de duas mulheres contada em dois tempos, e um dia essas histórias irão cruzar-se, mas eu gosto destas histórias. Aborda a temática da violência doméstica, física e psicológica, e se nos tempos em que vivemos já é o que é, nos anos 60 era um absurdo, pois era tolerado e socialmente aceite... a não ser que a mulher tivesse família ou amigos que a resgatassem, não havia a quem fazer queixa, e pior ainda era se houvesse filhos na equação... é revoltante ler esta parte do livro, irmos assistindo ao que está a acontecer e não poder fazer nada, especialmente quando são mulheres que se vão deixando ficar... que acreditam que um dia tudo irá melhorar, se lutarem por isso... 
Uma coisa vos garanto: é mais provável sair o euromilhões do que isso acontecer...

Depois, temos a história passada nos anos 40, e as consequências da interferência familiar, e a forma como as famílias - especialmente as abastadas - controlavam a vida dos seus filhos, ainda mais a vida das filhas, cuja liberdade era quase nula e muitas vezes com casamentos arranjados com homens de que não gostavam ou nem conheciam... se essas jovens moças decidissem seguir o coração e o que consideravam ser o verdadeiro amor, e nessa aventura resultasse ficarem grávidas - adolescentes, solteiras, de alguém fora da classe social,... desgraçavam a vida... aqui, para quem ainda não tem essa noção/conhecimento, ficará a saber o que acontecia a estas moças nos conventos irlandeses, e só vos posso dizer que me revolta tanto que chega ao ponto de ser intolerável.... fez-me lembrar o filme «Philomena», ...

Depois, através de uma carta perdida, a história de ambas as mulheres vão cruzar-se, verdades vão ser desvendadas e o curso de várias vidas vão ser alteradas para sempre... a história é bonita, com uma escrita fluída e interessante, não fez chorar as pedras da minha calçada, mas li com emoção e uma boa carga de suspense, apesar de ser algo previsível, foi uma leitura que me agradou, sendo que a maior lição que tirei da leitura foi:

Nunca é tarde para sermos felizes, independentemente da nossa idade, podemos recomeçar a nossa vida em qualquer altura com toda a felicidade a que temos direito!

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

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