Entre... as ruas da Nazaré | Da Biblioteca de Praia da Nazaré ao Terminal Rodoviário


Bem, após a primeira parte deste passeio, que foi a minha chegada à Nazaré, vamos agora à praia, e à biblioteca de praia da biblioteca municipal da Nazaré, vamos lá? :)

↪ Esta publicação está elaborada de forma a que: primeiro mostro a foto, e imediatamente abaixo faço os meus comentários, apresentações ou elaboro algum texto relacionado com a foto. A forma de ler esta publicação (e todas as minhas outras do blog) é: Foto - Texto - Foto - Texto, ... Podem clicar em cima das fotos para as verem com mais detalhe ↩
Biblioteca de Praia da Nazaré incentiva à leitura durante as férias: Diariamente, e até ao final do mês de agosto, das 9h às 21 horas, a Biblioteca de praia, instalada no areal, em frente à Praça Sousa Oliveira, vai apoiar os veraneantes na leitura de férias.
O espaço tem disponíveis livros, revistas, jornais nacionais e regionais, para consulta e leitura no local ou, no caso dos livros, também para empréstimo.
Além da leitura, a Biblioteca de praia oferece muitas actividades de ocupação lúdica e pedagógica de tempos livres dos mais novos, com ateliers, jogos didácticos e tradicionais, que darão destaque às questões ambientais e prioridade à sensibilização ambiental.
Esta iniciativa, inserida no programa “Verão Divertido 2012” da Câmara Municipal da Nazaré, visa a ocupação dos tempos livres dos mais jovens durante as férias e promover a leitura. In cm-nazaré

Já eram umas quatro horas quando aqui cheguei, pois neste dia só consegui vir à última da hora, logo após sair do trabalho. Por isso, antes de explorar melhor a biblioteca de praia, passei por ela assim de lado...



... descalcei-me...


... e fui aproveitar um bocadinho da praia. Estava um dia abafado, mas muito ventoso... De facto, nunca fui à praia da Nazaré num dia sem vento, e começo a questionar-me se existe... Ainda me armei em corajosa e fui até à água ver se dava um mergulho, mas mal molhei a pontinha dos dedos voltei logo a atrás, e sentei-me quietinha na minha toalha, a ler um livro...


Esta era a leitura que me acompanhava, podem ler a opinião aqui.


Há tanto tempo que eu não ouvia: "Olha a bolinha! Olha a bola de berlim com creme e sem creme! Olhà bolinha!, boli-berliiiiiiii"!! Que nostalgia!...
Verão é sinónimo de sol, sol é sinónimo de praia e praia é sinónimo de bolas de Berlim!Porque é que comemos bolas de berlim na praia? Esta é uma pergunta complicada e a verdade é que não existe uma razão científica que explique o porquê de o fazermos.
Mas já pensaste o quão bom é estarmos na praia de barriga para o ar e comermos uma bola de Berlim?! Há quem diga que é uma mistura entre o doce da bola e o salgado do mar que transformam tudo isso numa experiência de sabores única.
Inicialmente, apenas se vendiam bolas sem cremes (devido às altas temperaturas do verão) mas com o passar do tempo, os vendedores, começaram a levar bolas com creme e, actualmente, até bolas com chocolate podemos encontrar à venda nas praias.
Como o próprio nome indica, as bolas de Berlim nasceram na cidade alemã. Durante a Segunda Guerra Mundial, estas chegaram a Portugal através de uma família judaica que procuravam refúgio no nosso país. Anteriormente, as bolas eram fritas tal como hoje, no entanto, eram recheadas de frutos vermelhos!!
Sabias que… As bolas de Berlim são o terceiro bolo mais consumido em Portugal depois dos famosos pasteis de nata e dos croissants?
E que os portugueses consumem cerca de 250 mil bolas de Berlim por dia? IN science4you


As várias vistas da natureza a toda a minha volta....



Ver mais pessoal a ler na praia além de mim, é sempre uma alegria :)



Esta praia, além de ter um parque para as crianças, ainda tem outra memória de infância minha, além das bolas de berlim, e muito provavelmente é uma memória de muitos vocês também... A gigante bola azul da Nívea, tradicional ponto de encontro antes dos telemóveis! Também servia para quando a criançada se perdia, ficar à espera dos pais junto à bola (e depois levar uma coça, por se terem afastado, mas isso é outra história) :P
O creme Nívea é uma instituição em Portugal, e nos anos 60 esta marca teve a ideia de oferecer umas bolas grandes para podermos brincar na praia. Para além dessas bolas grandes azuis, colocaram-se umas versões gigantes presas num suporte que se tornaram parte da paisagem de muita praia nacional. Nas décadas de 70 e 80, muita pessoa marcou encontro usando esta bola como ponto de encontro. Quem proferiu a frase "Encontramo-nos por baixo da bola Nívea?" In ainda sou do tempo..


Depois de aguentar uma hora a levar com vento e areia, apesar de a mudança de ares e apanhar sol me ter sabido bem, andava a precisar daquele momento de pura descontracção longe de tudo, lá fui eu dar uma vista de olhos pela biblioteca de praia...



E muito me alegrou ver que é muito e bem frequentada... :)




Não tive foi tempo de conversar um pouco com as colaboradoras que aqui estavam, pois eu já tinha combinado com o pessoal da biblioteca municipal a minha visita e já estava em cima da hora, e este ano as 24h do dia não me têm chegado para tudo... Mas depois na entrevista à biblioteca farei as perguntas referentes a esta pequena biblioteca de praia, para saber a opinião dos seus utilizadores, e para o ano, num dia com tempo, quem vai tentar desfrutar um pouco dela sou eu! :P



Lá me meti eu a fazer o caminho inverso...

O artesanato nazareno evidencia a ligação da terra ao mar, e talvez por isso as miniaturas dos típicos barcos e das bonecas são as que mais se destacam.Pequenos barcos, em madeira ou cerâmica, reproduzem, por vezes à escala, os batéis que noutros tempos foram a vida desta praia. Também as pequenas bonecas, vestidas com o traje de festa ou de trabalho das mulheres da Nazaré e os mini pescadores, de barrete e ceroulas, fazem as delícias de miúdos e graúdos.As redes, de vários tamanhos, feitios e para diversos usos – decorativo e/ou utilitário – fazem parte dos trabalhos manuais dos pescadores nazarenos.Terra de artistas e hábeis artesãos, facilmente se encontram quadros a óleo e aguarela retratando a vivência e as paisagens do nosso litoral, bem como a arte (nós) de marinheiro.  In cm-nazaré








Os cada vez mais raros mini-mercados...



As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar.
O povo diz que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; as sete cores do arco-íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
De facto, a origem não é de simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso de sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto, todos parecem estar de acordo: as várias saias (sete ou não) da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar.
As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí muitas horas de vigília.
Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para protegerem a cabeça e ombros do frio e da maresia e as restantes a taparem as pernas, estando desse modo sempre “compostas”.
A introdução do uso das sete saias foi feito, segundo uns, pelo Rancho Folclórico Tá-mar nos anos 30/40, segundo outros pelo comércio local no anos 50/60 e ainda de acordo com outras opiniões as mulheres usariam sete saias para as ajudar a contar as ondas do mar (isto porque “ o barco só encalhava quando viesse raso, ora as mulheres sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas elas desfiavam as saias e quando chegavam à última, vinha o raso e o barco encalhava”).
O uso de várias saias, pelas mulheres da Nazaré, também está ligado a razões estéticas e de beleza e harmonia das linhas femininas – cintura fina e ancas arredondadas, (esta poderá ser também uma reminiscência do traje feminino de setecentos que as damas da corte usavam - anquinhas e mangas de renda - e que pavoneavam aquando das visitas ao Santuário da Senhora da Nazaré), podendo as mulheres usarem 7, 8, 9 ou mais saias de acordo com a sua própria silhueta.
Certo é que a mulher foi adotando o uso das sete saias nos dias de festa e a tradição começou e continua até ao presente. No entanto, no traje de trabalho são usadas, normalmente, um menor número de saias. In cm-nazaré


A originalidade do folclore da Nazaré advém, sobretudo, do forte e bem marcado carácter dos nazarenos. Dançam o vira – que sendo de origem nortenha ganhou aqui movimentos e características rítmicas únicas – bem como o corridinho (vindo do Algarve e transformado ao ritmo dos nazarenos), com tanta energia que deixa bailadores e assistência sem fôlego.Dançam e cantam ao mesmo tempo, sem coro ou música gravada, com alegria e graciosidade. Um “bailado” de ritmo e cor.Dançam descalços, como dançavam, na praia, pescadores e peixeiras, ao som dos rudimentares instrumentos usados nas festas da classe piscatória – que à falta de melhor, tocavam com duas pinhas, uma garrafa com garfos e um cântaro de barro batido com um abanador – aos quais, posteriormente, foram juntando o harmónio, a concertina (e depois o acordeão) e o clarinete, que a tocata utiliza.As letras e músicas do folclore nazareno reflectem a forte ligação desta gente ao mar e à faina da pesca, gente esta que vivendo quase sempre na incerteza do futuro, têm a capacidade de viver com um sorriso nos lábios, desafiando as reviravoltas da vida. In cm-nazaré


Lindo...


Típico da Nazaré, encontram estas senhoras em todos os cantos, ou mesmo ali no meio da rua, normalmente sempre aos pares, a conversar... Eu adoro é vê-las vestidas com as vestes tradicionais, apesar de não ser nada fácil aguentar com aquelas vestes, com este calor...








Há que desenrascar! HAHA xD



Aqui estão elas à conversa! :P



Adoro estes azulejos, com ditos tão típicos portugueses, adoro! Especialmente os que dizem asneiras! xD


Lá me meti eu novamente em direcção à biblioteca, que fica mesmo ao lado da rodoviária. Mas isso fica para outro post, já sabem como é! ;)


Frutinha da boa, gosto tanto!



E aqui chegamos nós novamente ao terminal. Não chega a ser nem 5 minutos a pé, sempre em frente do terminal até à praia. 
Sabem o que está do lado oposto a esta parede do lado esquerdo? A biblioteca municipal da Nazaré! Ah pois! As vezes que eu já tinha passado por lá e sem saber, mas no post da visita já vos mostro :)


Temos os senhores da rodoviária que dizem, ou pelo microfone, ou no caso de o micro não funcionar, que é o mais usual, vêm gritar o destino do autocarro que chega... Neste caso ainda não era o meu...



O terminal rodoviário é que não é grande coisa... E pelo que eu percebi, este é o edifício temporário enquanto o outro, mesmo ao lado, que é bastante parecido, está em remodelação...


Não há grande espaço nem condições, especialmente se estiver mesmo muito calor, ou muito frio, mas pronto, é o que se arranja...

Visita em Agosto de 2018

E pronto, depois de chegar ao autocarro, sentei-me a ler até chegar a Leiria...

Então, quem aqui já foi à Nazaré? Ou quem é de lá? Quem já usou a biblioteca de praia?

Comentários

  1. As bibliotecas de praia são uma excelente iniciativa (no meu caso, quando vou à praia, levo sempre um livro meu para ler). Lembro-me, perfeitamente, das bolas da Nívea. Quanto às Bolas de Berlim, não contribuo para a sua posição no ranking dos bolos...só comi uma (na praia) em toda a minha vida.

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  2. Eu levo sempre o meu livro quando vou para a praia, mas a iniciativa de haver bibliotecas na praia é excelente!

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    1. Eu também levo, mas é excelente para quem não tenha fácil acesso a livros ou que se esqueça, é sempre bom saber que há uma biblioteca ali à mão de semear =P

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  3. As minhas férias de infância eram passadas na Nazaré. Que saudades

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  4. Lindo, tanta gente, tanta cor e mar ali quase rente à estrada, soberbo.
    A biblioteca tem um espaço muito acolhedor,uma inciativa top.

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  5. Adoro a Nazaré e esse conceito da Biblioteca de Praia é BRUTAL! :)

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    1. E felizmente já se está a expandir o conceito de biblioteca de praia, e já há umas quantas por este nosso país fora :D

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  6. nazare e tao lindo nunca visitei mas espero um dia visitar

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    1. Sim, nem que seja um dia, que será um dia lindo, encantador e inesquecível! :D

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  7. Há tanto tempo que não vou à Nazaré...
    Nem sabia que agora tinham uma biblioteca de praia... Que grande iniciativa! :) Poderiam fazer lago assim aqui para os lados de Lisboa :)

    Beijinhos,
    Sónia Carvalho

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    1. Creio que há pelos lados de Lisboa, quando descobrir publico aqui no blog onde há mais bibliotecas de praia no país :D

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  8. nunca fui a nazare, mas ´e daqueles lugares caracteristicamente portugueses, gostei muito da biblioteca na praia e gostava que aqui na caparica fizessem o mesmo

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    1. Felizmente muitas cidades estão a aderir a este conceito e está a espalhar-se pelo país, espero que um dia esteja fortemente implantado em todas as cidades :)

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