A Livraria dos Gatos Pretos | Piergiorgio Pulixi

A paixão pelos livros e o fascínio pelo mistério. Uma homenagem aos grandes clássicos da literatura policial.

SINOPSE: Uma livraria peculiar. Um livreiro com um passado como professor de matemática. Uma investigação sobre um assassino implacável que se move nas sombras. Um grupo de detetives amadores, leitores inveterados, cada um com a sua própria fraqueza.

Um reformado melancólico, um frade vivaço, uma octogenária obcecada com assassinos em série, uma jovem que se veste de preto e sonha matar alguém e um livreiro à beira da falência. Confiaria nestes detetives para conduzir a investigação de um crime?

«Os casos mais difíceis costumam ser os mais banais. São espinhosos só porque o investigador carrega o crime com uma complexidade que é apenas aparente, fruto dos seus preconceitos. Mas, na verdade, é tudo extremamente simples e a resposta está ali, onde menos se espera, escondida sob um manto de banalidade.»

Este livro tem um equilíbrio incrível entre o humor e o mórbido, entre a violência e a leveza.

Apesar de ter desconfiado quem seria a pessoa por detrás dos assassinatos, foi fascinante confirmar as minhas suspeitas e descobrir o motivo por trás das atrocidades cometidas. E atenção (!) que as atrocidades cometidas são de uma violência gráfica e desmedida, sem descriminação se as vítimas são crianças, inválidos, novos, idosos, ... 

Vai tudo a eito!

E pelo meio há o clube de leitura na livraria, com um par de adoráveis gatinhos, a amizade, o companheirismo, as relações trapalhonas, uma mistura fascinante de personagens com características muito próprias, sendo que esta leitura quase se transforma num daqueles livros sobre livros e livrarias aconchegantes, divertidos, amorosos e depois, de repente: 

CHOQUE E VIOLÊNCIA!

Para depois voltarmos ao aconchego das personagens queridas que adoram livros, conhecendo cada uma e ganhando-lhes afinidade. Uma das partes que mais adorei foi a exposição da comédia que é trabalhar numa livraria e aturar clientes que não percebem nada de livros nem de literatura. 

Esses clientes cometem com cada gafe histérica que é impossível para os verdadeiros fãs de literatura ouvirem sem se rirem, chorarem, sem se sentirem ofendidos ou até mesmo, algumas vezes, sem desmaiarem ante a estupidez!

Depois, voltamos ao thriller criminal e assim vai continuando até ao final, num ritmo intercalado entre o sério e o divertido, tornando a narrativa sôfrega e inteligente.

Muito sinceramente, adorei. Li de uma assentada, fiquei fã deste género, que é quase como se fosse um filme de terror cómico, que eu tanto gosto. 

Fiquei fã do autor. Quero mais, quero mais, quero mais!

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