Opinião: Engano | Lesley Pearse


O seu passado é uma mentira. O seu futuro depende da verdade.
SINOPSE: Após o funeral da sua mãe, Alice Kent é abordada por um desconhecido. Angus Tweedy afirma ser o pai dela e diz-lhe que esteve na prisão a cumprir pena por bigamia. Para Alice, a revelação apenas abre a porta a um sem-fim de inquietantes dúvidas.

O que espera ele ganhar ao contar-lhe isto, agora que se passaram trinta anos?

É mesmo possível que Ralph, que ela tanto adora, não seja pai dela?

E a mãe? Por que motivo a trairia desta forma?

Alice aprendera a aceitar os defeitos da mãe, a manipulação e a vaidade, até a sua relutância em falar do passado. Mas ao perceber o quão profundamente foi enganada, a jovem decide descobrir quem realmente foi aquela mulher.

Para poder seguir em frente, Alice tem de descobrir a verdade. Custe o que custar.

Quão bem conhecemos realmente os nossos pais? As pessoas que, juntas, criaram a nossa existência, nos deram vida? Fomos feitos a partir dos seus genes, cromossomas, biologia, genética parental, .... mas, fora isso, quem são os nossos pais, como indivíduos?

Por vezes, podemos não gostar da resposta, e é isso o que a personagem principal deste novo livro da Lesley nos mostra.

Os nossos pais terão sempre impacto nas nossas vidas e naquilo que somos como indivíduos, seja pela sua presença, ou até pela sua ausência - seja por questões de trabalho, de abandono ou mesmo por orfandade - a sua presença ou ausência são factores que nos moldam.

Podemos viver toda a vida com a certeza de algo que, na verdade, não passa de uma mentira, e não é por sermos adultos feitos que isso vai deixar de nos traumatizar.




Esta é uma história de drama pessoal intenso, tal como todas as histórias de Lesley. No entanto, o que ando a reparar cada vez mais nas suas narrativas, especialmente as mais contemporâneas, é que a autora está a descair ligeiramente para o lamechas. Em relações românticas previsíveis. Dando um maior foco e atenção à parte romântica do que é costume.

Nada excessivo, simplesmente estou habituada a que as suas personagens femininas tenham maior foco na sua sobrevivência e realização pessoal, batalhar contra o mundo e conquistar, prosperar, verdadeiras sufragistas, não dando tanto destaque às suas vidas românticas.

A dada altura, a parte romântica chegou a roçar o cliché, mas mesmo assim Lesley nunca desilude, a intriga é fascinante, o drama intenso como sempre, a narrativa fluída, explora o luto, a autodescoberta, traição, amizade e muito, muito drama familiar, com revelações do passado intrigantes.

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