Opinião: E Depois, a Paulette... | Barbara Constantine
SINOPSE: Ferdinand vive sozinho na sua grande quinta deserta, coisa que não o deixa muito feliz. Um dia, depois de uma violenta tempestade, passa com os netos pela vizinha e descobre que o teto dela está prestes a desabar. Claramente, ela não tem para onde ir. E com grande naturalidade, os meninos, de seis e oito anos, sugerem ao avô que a convide para ficar na quinta. Mas a realidade não é assim tão simples, há certas coisas que se fazem, e outras que não… Depois de uma longa noite de reflexão, ele acaba por ir procurá-la na mesma.Uma coisa leva à outra e a quinta começa a encher-se, a agitar-se, recomeça a funcionar. Um amigo de infância agora idoso, duas senhoras muito velhas em estado de pânico, estudantes que andam um pouco perdidos, um amor que nasce, animais. E depois, a Paulette…
Se há leituras que mais me gosto dá em ler são as narrativas em que as personagens principais são idosos. Não sei onde fui buscar esta especificidade, mas adoro! Especialmente enredos em que envolvem o choque de gerações entre os mais novos e os mais idosos, que haja uma mistura fascinante de taxas etárias e personalidades, como é este o caso.
Haja drama, bom drama, e que bom drama é este!! Adoro!
Adoro a forma como a vida das personagens se entrelaça, como se completam, o drama individual de cada um, as voltas e reviravoltas das suas vidas, é uma narrativa honesta, crua, realista, é um livro que nos lê, e que apesar de todo o drama, nos deixa bem dispostos, é uma tragicomédia deliciosa, que nos dá alguma fé na humanidade, apesar de tudo.
Não falta aqui nada, tem todos os ingredientes para dar uma leitura deliciosa e foi sem dúvida um autêntico regalo!
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