Opinião: Mulheres sem Medo | Marta Breen | Jenny Jordhal
150 anos de combate pela liberdade, igualdade, sororidade
Uma breve história do feminismo, das suas principais figuras e das causas que defende.
SINOPSE: Liberdade, Igualdade, sororidade. Mulheres sem Medo é uma novela gráfica que cobre 150 anos de história do feminismo. São 150 anos de coragem, garra e visão de quem lutou e ainda luta pelos direitos das mulheres à volta do globo. Da luta abolicionista ao movimento #MeToo, passando pela história das sufragistas e do direito ao aborto e à contraceção e pela reivindicação dos direitos LGBTQ e do casamento gay... está (quase) tudo aqui. Atreve-te a ser ouvid@ e a juntar a tua voz às del@s..
Eis O livro que finalmente fez de uma uma apaixonada por novelas gráficas! Até ter iniciado a leitura deste livro, foi um género literário que nunca me cativou, e muito honestamente quando adquiri este livro não fazia ideia de que seria neste formato, por isso foi - para quem acreditar nestas coisas - o destino, e estou completamente rendida!
As ilustrações, a emoção, o realismo, as cores, a narrativa curta mas concisa e impactante, ... este tipo de leitura torna-se mais viva e intensa, é uma emoção imediata e constante. Esta novela gráfica em especial foi uma emoção e - como mulher - senti um grande orgulho em ler, orgulho esse e admiração que sinto por todas as mulheres que ao longo dos tempos da história da humanidade lutaram pelos direitos das suas iguais, que praticaram incondicionalmente a sororidade.
No alto da minha condição de mulher, tenho tanto, tanto a agradecer a estas mulheres guerreiras... graças a elas posso votar, estou elegível para a maioria das profissões - neste sentido e em muitos outros ainda temos muita luta pela frente, mas já temos o terreno algo debastado - posso conduzir, posso estudar tudo quanto quiser, posso viajar sozinha - quase - para todo o lado, ninguém me obriga a casar nem a ter filhos, e nesse sentido as pressões sociais e familiares estão cada vez mais a afrouxar, finalmente (!) ...
Posso fazer tantas coisas que - e isto falando só nos últimos 70 anos no nosso país, já nem vou falar nos outros países e ao longo da história e em todos os países que mesmo nos dias de hoje as mulheres ainda são tratadas como mercadoria - as sufragistas e activistas dos direitos das mulheres, LGBTQIA+, direitos humanos em geral (!) nunca julgaram jamais ser possível... mas cá estamos nós!
Por isso me magoa tanto, sempre que há eleições no nosso país, a taxa de abstenção ser tão elevada, num país tão pequeno como o nosso, e o que me dói mais são as mulheres que se abstêm de votar, quando houve mulheres que deram literalmente a vida para podermos ter esse e outros direitos... que desgosto... dói...
Eis uma leitura de suma importância, para miúdos e graúdos, espero que entre em breve no Plano Nacional de Leitura e que seja tema de trabalho escolar, pois é uma leitura digna de nota e um verdadeiro abre olhos.
Excelente!
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