Opinião: Os Filhos Da Liberdade Livro de Bolso | Marc Levy

Uma história comovente de resistência, coragem e amor.
SINOPSE: Os Filhos da Liberdade conta a história de um grupo de adolescentes que fez parte de uma Brigada da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial. O que unia estes jovens, de diferentes idades e nacionalidades, era a crença inabalável de que valia a pena lutar pela liberdade, e que um dia a primavera voltaria a despontar. Operando em Toulouse, este grupo conseguiu resistir às forças nazis, às milícias locais e aos colaboradores franceses. Rodeados por inimigos invisíveis e omnipresentes, estes jovens não se podiam sequer dar ao luxo de se apaixonarem - pois, caso fossem apanhados, esse amor podia ser usado contra eles… Vivendo em circunstâncias extremas, aprenderam em cada dia a desfrutar da vida ao máximo: a rir, mesmo rodeados de tragédia; a ser generosos, mesmo quando não tinham nada para dar; e a apaixonar-se, apesar de todos os riscos. Pois não se consegue matar o espírito humano enquanto a esperança estiver viva. Este romance emocionante e comovente é baseado numa história real: a 35.ª Brigada, composta por vários jovens imigrantes dispostos a combater por França e pela liberdade, existiu. Um dos seus membros era o pai de Marc Levy; o seu nome de código era «Jeannot».

Cada vez mais e mais perco-me de fascínio por leituras sobre os resistentes das guerras, pelas simples pessoas civis que arriscavam a vida para se defenderem e defenderem as pessoas e a sua pátria dos invasores, especialmente contra os nazis, é preciso ter-se posse de uma coragem e altruísmo desmedidos, até eu que me considero minimamente corajosa, ao ler estes relatos dos resistentes fico a pensar: que teria feito eu? 

Acredito plenamente que teria feito parte da resistência, mas teria coragem para fazer isto e aquilo? Sempre presente na consciência que tudo o que eu fizesse, seria com o sacrifício da própria vida, passar anos e anos sempre na ansiedade, acordada ou a dormir, de ser descoberta e que aquele dia poderia ser o último, e pior do que isso: as torturas a que eram submetidos, não lhes sendo permitido morrer para aliviar o sofrimento?....

Quaisquer resistentes, seja em que parte do mundo for, já é fascinante, mas especialmente os que faziam parte da resistência dos países ocupados, ou mais: os alemães resistentes na sua própria pátria, ou os judeus resistentes presos nos campos de concentração, como medir coragem desta? E porque motivo não falam mais e mais e mais sobre as vidas destes resistentes na história, nos filmes, nos livros, na televisão, na escola, ....?




Se fazer parte da resistência já era uma sentença de morte, arriscar praticar essa resistência na boca do lobo, na sua própria terra, nas suas prisões.... que coragem! Homens, mulheres, idosos e crianças que foram verdadeiros heróis, verdadeiros tesouros humanos! 

E esta narrativa é uma bela homenagem ao movimento resistente, aos anti-fascistas, é inspirado em factos reais, na experiência do próprio pai do autor, e sinto-me muito privilegiada ao poder ler as suas histórias, e por, com estas leituras, as suas histórias e a memória da sua coragem poder assim viver em mim.

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

Comentários