Opinião: A Guerra de Hedy | Jenny Lecoat

Baseado numa incrível história verídica de coragem e esperança durante a Segunda Guerra Mundial
SINOPSE: No fim de junho de 1940, as Ilhas do Canal, ao largo da costa francesa, são ocupadas pelas forças nazis.

A jovem Hedy Bercu, uma judia vienense que chegara a Jersey dois anos antes, fugindo da anexação da Áustria pela Alemanha, encontra-se novamente encurralada. Porém, desta vez, parece não haver como escapar.

Apesar de judia, Hedy encontra trabalho como tradutora junto das autoridades ocupantes e começa a participar em atos de resistência. É então que se apaixona pelo tenente alemão Kurt Neumann, iniciando uma relação proibida da qual rapidamente a sua vida passa a depender.

A Guerra de Hedy acompanha a vida desta jovem mulher e a luta que travou para sobreviver à ocupação nazi e evitar a deportação. Baseada em factos verídicos, esta é uma história de coragem, amor e esperança numa época em que a crueldade imperou: a Segunda Guerra Mundial.

De vez em quando tenho pessoas que me perguntam: "que livros sobre o holocausto/II Guerra Mundial aconselhas, mas que não sejam muito gráficos e violentos, se não não aguento ler?", pois ora... aqui está uma excelente recomendação!

Tem a vantagem de ser inspirado em acontecimentos reais, e desde há uns tempos para cá que só leio este tipo de livros - e não os que são apenas inspirados no contexto histórico, com muita ficção - no entanto, esta narrativa tem demasiado romance para o meu gosto...

Por isso, almas românticas que não conseguem ler as narrativas mais brutais, mas querem conhecer esta realidade de qualquer maneira, eis um livro para dar uma pequena vista de olhos a estes tempos atrozes. Não é muito gráfico, transmite alguma da ansiedade da perseguição aos judeus, a personagem principal é uma mulher judia resistente que trabalhada nada mais, nada menos, no que na boca do lobo, num posto administrativo alemão.

Contém um par de informações verídicas sobre a II Guerra Mundial - eu, por exemplo, não fazia a mínima ideia de que tinha havido uma ilha britânica ocupada pelos nazis! De tudo o que já li e documentários que vi sobre o tema, e já foram uns bons quantos, nunca vi esta parte da história da II Guerra Mundial mencionada, é mencionado o blitz, o orgulho britânico de terem escapado à invasão, mas não esta invasão a uma das suas ilhas,

Adorei com esta leitura conhecer a história destes habitantes das Ilhas do Canal, fiquei fascinada com as histórias destas gentes, que apesar de se sentirem abandonadas pelo seu governo, fizeram de tudo para fazerem frente ao jugo alemão, agarrando-se unhas e dentes ao seu patriotismo, só acho - e isto a nível pessoal - que a parte romântica é exaustiva. Adorava ter lido mais sobre estas gentes....




Apesar de todo o romance - que é polémico - é uma leitura que vale a pena, aprendi muito com a narrativa, sinto um fascínio cada vez mais maior ao ler sobre os resistentes, e vou-me dedicar também a ler mais sobre as características geográficas da II Grande Guerra, pois ainda tenho muito, muito a aprender sobre o impacto da guerra nas populações em geral por este mundo fora - até mesmo no nosso Portugal.

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

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