Opinião: A Última Carta | Cecelia Ahern

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SINOPSE: Faz sete anos que o marido de Holly Kennedy morreu — seis, desde que ela leu a sua última carta, na qual ele lhe pedia que encontrasse coragem para forjar uma nova vida. Holly orgulha-se da forma como tem evoluído e crescido. Até que recebe a mensagem: «Precisamos desesperadamente da sua ajuda, Holly. Estamos a ficar sem ideias e...» — ela respira fundo, em busca de energia — «… todos nós estamos a ficar sem tempo.» Os membros do Clube P. S. Eu amo-te, inspirados nas últimas cartas do seu marido, Gerry, querem que Holly os ajude a escrever as suas próprias mensagens de despedida para os que lhes são queridos. Holly vê-se atraída, de novo, para um mundo que se esforçou tanto por deixar para trás. Relutante, começa a relacionar-se com o clube, mesmo quando a amizade deles ameaça destruir a paz que ela acredita ter alcançado. Porque cada uma dessas pessoas espera de Holly a ajuda para deixar algo significativo àqueles que mais ama, ela embarcará numa jornada notável que a desafiará a questionar se abraçar o futuro implica trair o passado e o que significa amar alguém para sempre…

A Cecelia Ahern é uma das minhas autoras preferidas, e o filme «P.S - I Love You» um dos meus filmes preferidos de sempre, considero um dos romances mais bonitos que já li, trágico, bem ao meu gosto, sim, mas verdadeiro e puro...

Já li diversos livros desta autora, alguns que são os meus preferidos de sempre, outros que não me cativaram por aí além, mas todos eles se lêem maravilhosamente bem, com uma fluidez introspectiva fantástica, e este não foge à regra. No entanto, tinha de ser logo nesta história tão especial para mim que me estreei na leitura de um livro em que eu vi o filme primeiro - pois não sabia que havia em livro quando o vi - e creio que isso prejudicou muito a relação que tenho com esta história na sua totalidade... também não fiquei fã desta tradução...

O que mais impressão me faz, é a brutal diferença da Holly do filme e da Holly do livro, eu ADORO a Holly do filme, é trapalhona e algo choninhas, mas divertida e dramática, tem garra e muita personalidade! No livro, a Holly é de uma auto-piedade absolutamente agoniante, só se sabe queixar do que tem, do que não tem e do que teve, e por algum motivo é a única personagem em que eu senti que isso acontece, pois as outras personagens estão bem parecidas no livro e no filme...

Nesta sequela tive a esperança de não notar tanto a diferença, visto não haver filme para fazer comparação, no entanto as minhas convicções confirmam-se, a personagem Holly mantém a personalidade fatigante, e a história em si apesar de bonita roça o lamechas e o previsível, até chegar a meio desisti várias vezes da leitura, porque me estava sinceramente a aborrecer, nem parecia que estava a ler um livro da Cecelia! Depois, , quando a personagem Holly começa finalmente a desenvolver-se, a história ganha outro corpo, muito mais rápido e intenso, profundo e introspectivo, e com aqueles momentos de fazer cair uma lagrimazinha - ou para as mais sensíveis, fazer chorar as pedras da calçada - e mesmo assim não é no contexto romântico, mas no contexto amor-morte-drama, e aqui sim, já parece uma história carregada de introspecção típica da Cecelia Ahern! 

Assim, consegui fazer as pazes com a Holly, e fiquei ainda mais encantada com esta saga «P.S - Eu Amo-te».

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻

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