14 de Fevereiro - Dia dos Namorados | São Valentim

Ora aqui estamos, no dia mais lamechas do ano... puro consumismo, pressão social, dia deprimente para alguns dos que não estão comprometidos, o stress de encontrar a prenda perfeita, jantar à luz das velas, passeios românticos e dias memoráveis... este dia tem de tudo, dependendo da perspectiva com que se vive ou se vê. Para mim, alguém que não tolera lamechices, é um dia como qualquer outro, sendo que fazendo algo neste dia, aquilo que faço é mais parecido com a tradição japonesa.

Curiosidades do Dia dos Namorados
  • Dúvidas acerca da verdadeira existência de São Valentim levou a que a partir de 1969 a igreja católica deixasse de celebrar este dia.
  • No Brasil, o Dia dos Namorados celebra-se na véspera do Santo António, conhecido por ser casamenteiro, e por isso é no dia 12 de Junho e não no dia 14 de Fevereiro. A alteração deve-se a uma questão puramente comercial.
  • Anualmente em Verona, Itália, neste dia, milhares de cartas são endereçadas à Julieta de Romeu e Julieta de Shakespeare.
  • No Japão, o Dia de São Valentim é celebrado por forma a agradecer aos pais a amigos e não aos companheiros.

Mas... E como é que surgiu o Dia de São Valentim, ou o Dia dos Namorados, como também é conhecido? 
Fonte: aprenderumacoisanovapordia

A história remonta ao século III, muito antes dos corações vermelhos e dos certificados de melhor namorado/a do mundo. Diz-se que na Roma Antiga, apesar do imperador Cláudio II, proibir o casamento - por achar que os homens eram mais fortes e mais concentrados se fossem solteiros - um bispo de nome Valentim continuou a realizar casamentos, em segredo. Assim que descoberto, o Bispo Valentim foi preso e condenado à pena de morte, tendo sido decapitado no dia 14 de Fevereiro. Durante o tempo que esteve preso, Valentim, tido como o símbolo do amor e da família para os jovens, por ter arriscado a vida em nome do amor, recebeu várias cartas e flores de jovens com mensagens de esperança e de amor.

Entre várias cartas, estava a filha cega de um dos carcereiros, de seu nome Astérias - faz-vos sentido: Astérias -> artérias -> coração -> amor, ...? - por quem se apaixonou, e que com a ajuda do pai a conheceu. O amor por Valentim curou milagrosamente a cegueira da jovem - nem sei porque dizem que o amor é cego! - e durante algum tempo trocaram cartas de amor apaixonadas que o bispo assinava como "de seu Valentim", expressão que ainda hoje é usada quer na língua portuguesa quer na língua inglesa - "Be My Valentine". Assim surgiu a celebração do Dia de São Valentim, e durante vários séculos a celebração ocorreu de diversas formas, seja para celebrar o amor, seja para celebrar a fertilidade da terra e da mulher. Na idade média, inclusive, o dia 14 de Fevereiro era apontado como o dia de início de acasalamento dos pássaros.

A celebração do Dia de São Valentim, como o conhecemos nos dias de hoje, remonta uma época mais recente, quando em 1840 nos Estados Unidos da América a artista Esther Howland ter criado e vendido uma elevada quantidade de postais alusivos ao Dia dos Namorados, implementando a tradição de se enviar postais românticos neste dia. 
No século XX já esse comportamento se tinha difundido por todo o mundo. 

Oleira de Guimarães mantém viva tradição da ‘cantarinha dos namorados’ 
(Fonte: Ensina RTP com Agência Lusa)

A ‘cantarinha dos namorados’ de Guimarães continua a ser uma prenda muito oferecida por alturas de São Valentim, mantendo-se assim viva uma tradição antiga que atualmente é alimentada pelas mãos da mestre oleira Bela Alves.

Segundo a tradição, quando um rapaz se dispunha a fazer o pedido oficial de casamento oferecia primeiro à namorada uma cantarinha, moldada em barro. Se a prenda fosse aceite, estava formalizado o pedido particular, passando a depender apenas da vontade dos pais o anúncio do noivado. Uma vez dado o consentimento, a cantarinha servia então para guardar as prendas que o noivo e os pais da noiva ofereciam, designadamente peças em ouro.
Bela Alves, 39 anos de idade e oleira há 14, aprendeu o ofício com o mestre Joaquim Oliveira, entretanto falecido, e hoje continua a “dar à luz” ‘cantarinhas de namorados’, na sua oficina instalada na Plataforma das Artes, em Guimarães.

“Na altura de São Valentim, é quando se vende em maior quantidade”, refere, enquanto molda a argila e, com o pé, vai girando a típica roda de oleiro. Se a tradição mandava que fossem eles a oferecer a cantarinha, hoje, revela Bela Alves, a iniciativa deve “andar ela por ela”, ou seja, os compradores são tanto homens como mulheres.

Atualmente, as cantarinhas já não são propriamente usadas para pedir a mão a alguém nem para guardar jóias, mas assumem-se como “guardiãs” de segredos e de histórias de amor. “Quem as oferece, fá-lo pelo simbolismo que elas encerram”, sublinha Bela Alves. 

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Para mais curiosidades românticas na cultura tradicional Portuguesa, deixo-vos o link para o post sobre o lindíssimo lenço dos namorados, aqui.

Com isto tudo, tenho a dizer: Adoro-vos família, gatinhos, cãezinhos, todos os animais, natureza, vegans, seguidores, e a vós próprios, feliz dia a todos os que têm amor (seja de que tipo for!) no coração! 💓💖

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