Opinião: O Prédio das Mulheres que Desistiram dos Homens | Karine Lambert

Bola de Berlim de Pistácio, da Berlineta (Estação do Oriente).

Mas será mesmo possível renunciar ao amor?

SINOPSE: Num prédio só de mulheres, os homens não entram!
Os homens são personagens principais e estão omnipresentes em cada casa… presentes nas memórias, nas feridas, na raiva e no desejo das mulheres que aqui habitam. Elas encontram-se unidas por um único aspeto: nunca mais querem voltar a apaixonar-se.
Tudo parece claro e bem definido, até que uma nova inquilina vem colocar tudo em causa. Apesar de seduzida pela cumplicidade, pela coragem e pela garra das suas amigas, Juliette não desistiu dos homens nem do amor. Conseguirá a jovialidade e vontade de viver dela mudar as certezas inabaláveis das suas companheiras?
Um romance irónico que nos faz pensar sobre a dificuldade de amar, de confiar no outro, de acreditar no futuro.

Mal li o título deste livro, agarrei logo nele e fiquei carregada de expectativas, pois pareceu-me uma premissa tremendamente interessante! No entanto... não foi bem aquilo que eu estava à espera. De facto, a história até tem alguns dos componentes que eu estava à espera: vidas cruzadas, cheias de drama e interesse, de mulheres em batalha com a vida, mas depois há uma personagem que no meu ponto de vista, estraga tudo, pois perturba imenso esse conceito, que está implícito no título... pelo menos no início, e no meu ponto de vista até mesmo o resto da história, compreendo o objectivo de a inserir, mas não gostei mesmo do rumo que levou depois dessa personagem aparecer, mas isso sou eu...

No entanto, é um livro muito fácil de ler, com uma escrita muito fluída, tem histórias de vida muito interessantes, e faz-nos pensar como é viver desistindo do amor romântico, algo com que estou bastante familiarizada, dai o título me ter cativado no imediato...

Também temos o amor fraterno nesta história, que foi a parte que mais gostei, a verdadeira amizade, termos pessoas à nossa volta com quem contar, e que nos ajuda a ultrapassar os maus momentos e a sermos melhores pessoas.

Este livro consegue também ser introspectivo, irónico, divertido (adorei o gatinho!), dramático, e no final, repleto de esperança...

👉🏻 Wook | Bertrand 👈🏻