Opinião: As Crónicas Tugas: Tem de Ser | Miguel Correia
SINOPSE: Miguel Correia volta a agitar o panorama literário nacional com as suas crónicas humorísticas, bizarras e verdadeiras. Os relatos caricatos de um povo peculiar que teima em fazer tudo ao contrário.
Convém dizer – para salvar a pele – que o próprio autor tem a sua quota-parte de asneiras escritas aqui dentro. É questão de ler.
Política, negócios, profissionais de saúde, forças de autoridade, génios do mal, entretenimento familiar, mundo do futebol, romance, vida depois do casamento, ausência de civismo e tantas outras que escrevi, mas agora não me lembro.
Pode servir de presente. Mesmo que não goste da pessoa a quem o vai oferecer. Depois disto, ela nunca mais vai reclamar ao receber um belo par de meias. Aliás, estivesse eu desse lado e, certamente, também não me comprava. O livro está aqui.
Porque tem de ser.
Aqui dei a minha opinião do seu primeiro livro, e agora venho dar a opinião do segundo, começando por elogiar a capa, que está muito bonita, adoro toda a parte gráfica, o Zé Povinho, as cores, os contrastes, os azulejos na parte de trás, onde se destaca a sinopse, está tudo muito bem elaborado, nesse sentido está bem melhor que o primeiro livro.
No entanto, relativamente ao conteúdo, gostei bem mais do primeiro livro, que para mim foi mais divertido, original, sincero, emotivo, verídico, natural e modesto.
Nestas crónicas sinto que, em algumas das crónicas, o humor é algo forçado, pois a situação não é assim tão mirabolante ou caricata quanto isso, para ter o destaque que teve...
Outra coisa que: a primeira vez até pode ter a sua dose de graça, a segunda já nem tanto, à terceira e posteriores já é pura auto-piedade, que é algo que eu, pessoalmente, não aprecio: o facto do autor destacar, com desnecessária regularidade (até na sinopse está presente!) o facto de que aquilo que escreve é "um estrago", "os poucos leitores desta crónica", entre outras formas como o diz, que dão a entender que ninguém se importa com o que o autor escreve. Não só no livro, mas na página facebook também vejo a acontecer, e não acho que haja real necessidade disso, quando tantos, mas tantos e tantos autores sentem o mesmo e há tantos (e tantos!) que têm livros publicados, e mais do que um, e talvez até há anos que publicam, e nunca ninguém ouviu falar deles. Pior ainda são aqueles que nunca conseguiram publicar nada, apesar dos esforços implicados, sendo para eles um sonho por realizar...
Todos os que escrevem e publicam devem sentir essa frustração, eu incluo-me nesse grupo, tantas vezes (pelo menos uma vez por dia), sinto a frustração de sentir que invisto tantas horas, tanta vida neste meu blog, e será que alguém dá importância? Será que alguém lê o que eu passo horas a escrever? Será que alguém quer saber? Às vezes, uma vez por outra, queixo-me disso a amigos, família ou a colegas de trabalho, até posso perder a inspiração e a esperança durante uns tempos, mas depois continuo a investir e a seguir em frente, pois volta e meia aparece uma ou outra pessoa que me dizem palavras sobre o meu trabalho que chegam até ao meu coração, e fazem com que tudo valha a pena, e por isso eu continuo...
É importante sabermos rir-nos de nós próprios, mas até determinado ponto.
Fora isso, não haja dúvida que o Miguel tenta e tenta sempre mais e mais dar-se a conhecer e a auto-promover-se, no entanto, na minha opinião, deveria de largar um pouco esse seu lado negativo e depreciativo, pois não tarda será recordado apenas por isso, e não pelos pontos positivos.
Prefácio do Nuno Markl, excelentes ajudas no crowdfunding, cronista em jornais, apresentações públicas aos seus livros, fazendo uma pesquisa no google pelo nome do autor e nome do livro, aparecem imensos resultados!... Creio, honestamente, que isso é prova do valor do trabalho realizado.
Outra coisa que: a primeira vez até pode ter a sua dose de graça, a segunda já nem tanto, à terceira e posteriores já é pura auto-piedade, que é algo que eu, pessoalmente, não aprecio: o facto do autor destacar, com desnecessária regularidade (até na sinopse está presente!) o facto de que aquilo que escreve é "um estrago", "os poucos leitores desta crónica", entre outras formas como o diz, que dão a entender que ninguém se importa com o que o autor escreve. Não só no livro, mas na página facebook também vejo a acontecer, e não acho que haja real necessidade disso, quando tantos, mas tantos e tantos autores sentem o mesmo e há tantos (e tantos!) que têm livros publicados, e mais do que um, e talvez até há anos que publicam, e nunca ninguém ouviu falar deles. Pior ainda são aqueles que nunca conseguiram publicar nada, apesar dos esforços implicados, sendo para eles um sonho por realizar...
Todos os que escrevem e publicam devem sentir essa frustração, eu incluo-me nesse grupo, tantas vezes (pelo menos uma vez por dia), sinto a frustração de sentir que invisto tantas horas, tanta vida neste meu blog, e será que alguém dá importância? Será que alguém lê o que eu passo horas a escrever? Será que alguém quer saber? Às vezes, uma vez por outra, queixo-me disso a amigos, família ou a colegas de trabalho, até posso perder a inspiração e a esperança durante uns tempos, mas depois continuo a investir e a seguir em frente, pois volta e meia aparece uma ou outra pessoa que me dizem palavras sobre o meu trabalho que chegam até ao meu coração, e fazem com que tudo valha a pena, e por isso eu continuo...
É importante sabermos rir-nos de nós próprios, mas até determinado ponto.
Fora isso, não haja dúvida que o Miguel tenta e tenta sempre mais e mais dar-se a conhecer e a auto-promover-se, no entanto, na minha opinião, deveria de largar um pouco esse seu lado negativo e depreciativo, pois não tarda será recordado apenas por isso, e não pelos pontos positivos.
Prefácio do Nuno Markl, excelentes ajudas no crowdfunding, cronista em jornais, apresentações públicas aos seus livros, fazendo uma pesquisa no google pelo nome do autor e nome do livro, aparecem imensos resultados!... Creio, honestamente, que isso é prova do valor do trabalho realizado.
Voltando ao livro, e às crónicas inspiradas em Tugas desvairados: por exemplo, ser multado por ter o banco do condutor roto. O arroz pica no chão em Leiria (LOL). Acamados no hospital terem de pagar para ver televisão?? (Isto devia de ser noticiado e impedido!) ,.. Achei interessante que esta cidade que escolhi para viver, Leiria, ter sido mencionada no livro um par de vezes, tanto que aparece logo no início do livro, por motivos caricatos.
A crónica de que mais gostei, está excelente e arrancou-me gargalhadas, foi: "Publicidade enganosa" pág: 100. Adoro!
Fiquei na dúvida se a crónica "Por favor, mostre os seus seios" pág: 105, é verídica ou uma anedota, mas uma coisa é: divertida! Outras crónicas de que gostei: "Um Conto de Natal", pág.200. "Amor, estás diferente". pág. 208 (Por acaso, já me aconteceu uma situação parecida), entre outras que achei divertidas, outras chocantes, outras, sinceramente, não me disseram nada...
Uma das melhores coisas das crónicas humorísticas, é o facto de, além de serem curtas, divertidas e concisas, ainda dão um excelente tema de debate e conversa, seja nas redes sociais, entre amigos, num jantar, ao telefone, dão sempre para iniciar uma conversa com alguém, portanto além de tudo, ainda são práticas e úteis!
Para quem aprecia crónicas, humor, Portugal e de peripécias típicas dos Tugas, vai gostar das Crónicas Tugas! ;)
Uma das melhores coisas das crónicas humorísticas, é o facto de, além de serem curtas, divertidas e concisas, ainda dão um excelente tema de debate e conversa, seja nas redes sociais, entre amigos, num jantar, ao telefone, dão sempre para iniciar uma conversa com alguém, portanto além de tudo, ainda são práticas e úteis!
Fiquei curiosa com este livro e ainda mais com o primeiro, já que dizes ser melhor. Tenho de os procurar.
ResponderEliminarE lá está, como dizes, não é preciso pedir-se elogios vezes sem conta. É verdade que, como pessoas, devíamo-nos motivar mutuamente mais vezes e é fácil esquecermo-nos disso. Enfim, tu fazes um bom trabalho, chegas a muitos sítios e acima de tudo tens um projecto ímpar de destacar as bibliotecas deste país. Obrigada :)
Beijinhos
Oh, obrigada pelas palavras "neptuno"! ❤ Já me trouxeste uma boa pitada de alegria ao meu dia! ツ
EliminarEu gosto muito de ler crónicas (até de as escrever), se também aprecias é certo que vais gostar das crónicas do Miguel :D
É verdade, acho mesmo que há uma desproporção bastante acentuada na motivação e interajuda, tal como na vida real, há os que se destacam, os "grupinhos", e os que andam por ali à deriva...
Mas também já estou a trabalhar em mais ideias de promoção de amizade entre bloggers e autores e tudo o que envolva este mundo literário, agora... Pode é não ter adesão nenhuma, mas isso é um risco que temos de correr, pois se não arriscar-mos, então nada acontece ;)
Abraços :*
É bem verdade o que dizes. Boa preparação com essa iniciativa e boa sorte 😊 Não desmotives!
ResponderEliminarObrigada pelas palavras e pelo apoio! :D
EliminarComo sempre uma opinião sincera e expressiva! Quanto à frustração do autor tem o direito a ela mas não sendo exaustivo, pois quantos mais a terão, mesmo em outras profissões e aqueles nunca chegaram a desempenhar o que tanto adoravam (sei do que falo).
ResponderEliminarObrigado Liliana, tu és uma inspiração, força, adoro o que escreves ou descreves, é tão arrebatador como ler um livro, acredita tens um grandioso talento,jamais desistas :)
Uau Tina, acho que nunca me tinham honrado desta maneira, ler o que eu escrevo ser tão arrebatador como ler um livro, estou extremamente comovida (tanto muito recentemente comecei a pensar na ideia de publicar um livro, visto que tal me foi sugerido, devido a esta minha paixão pelas bibliotecas) e as tuas palavras impulsionaram ainda mais essa ideia, tanto que agora sim, vou começar não só a pensar, mas também a colocar as ideias em papel e começar a dar-lhe forma! :D
EliminarMuito obrigada pelas palavras querida Tina, pelo apoio que é tão, mas TÃO importante para mim!! ❤❤❤
Aproveito para saudar a minha querida amiga Leiriense Liliana e felicitar o seu trabalho! E, num acto promocional, quero informar que estarei na Feira Livro Lisboa. 29.05.2018, entre as 19:00 e as 20:00. Cumprimentos a todos!
ResponderEliminarHaha, aceito o acto promocional, e eu mesma irei divulgar! =P
Eliminar(apesar de infelizmente nesse dia não poder estar presente :( ), mas relativamente à "Leiriense Liliana", essa informação está incorrecta, sou Alfacinha de Gema, simplesmente me encontro a viver em Leiria ;)
Falando em Leiria, para quando um evento aqui?
Já tive dois! No Leiria Shopping. Agora, talvez num próximo livro.
EliminarTemos a biblioteca, temos a livraria Arquivo, temos o moinho do papel, ... Tanto sítio melhor para fazer um evento! Se precisares de estadia por estes lados de Leiria para ajudar a promover um evento, podes contar comigo e com a minha casa ;)
EliminarJá agora.... Feliz dia! :D
Liliana,estou muito felizzzzz que vás "colocar as ideias em papel e dar-lhe forma". <3
ResponderEliminarAguardo, ansiosa, sim tens um talento inato para a escrita, envolves-me do início ao fim em todas as opiniões e descrições no teu blog. Estou na linha da frente naquilo que posso por pouco que seja e apoio-te de coração vou estar na fila para um autógrafo :)
Força vai em frente! <3
Muito obrigada pelas palavras e apoio querida Tina!! ❤❤❤
EliminarSomos mesmo muito crominhos LOL
ResponderEliminarSomos um povo muito peculiar =P
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