Opinião Série: Duas Miúdas nas Lonas

Título original: Two Broke Girls

Esta série conta a história de duas raparigas completamente diferentes, tanto de personalidade como dos meios de onde vieram. A Max nasceu e viveu sempre pobre, ou melhor, "nas lonas". É uma rapariga dura, fria, directa, honesta, sincera, e um bocado mal humorada e agressiva, adoro-a e identifico-me muito com ela! E a maior parte das piadas, humor negro ou atitudes que me fazem rir à gargalhada nesta série partem dela.
Caroline cresceu e viveu na alta classe, rica, herdeira de milhões, snobe, algo histérica, preconceituosa, no entanto energética e inteligente,....


O pai de Caroline envolve-se num esquema manhoso fraudulento, tipo esquema em pirâmide, é apanhado e vai para a cadeia. Caroline, que tinha tudo no mundo, de um dia para o outro vê-se totalmente sem nada, nem sequer um tecto para viver. Amigos e família fecham-lhe as portas, por culpa do que o pai fez, e ela fica sem ter onde viver, o que comer, nada. Chega a dormir dentro do metro, com os poucos pertences a que conseguiu deitar a mão quando foi despojada de tudo o que tinha, até que Max a descobre e a acolhe em casa. Pouco depois acolhe também o cavalo de estimação de Caroline, que fica a viver no pátio das traseiras da casa de Max.
E aqui começa a parte fantástica desta série, meter duas raparigas completamente diferentes, como o dia e a noite, com ideologias e formas de ver a vida completamente diferentes, Max habituada à pobreza, e Caroline que vai ter de ser habituar a viver uma vida de pobre.

Esta série não é apenas "mais uma série de comédia", é uma série bastante inteligente, com muito desenvolvimento, histórias, situações a acontecer, a amizade e vida de Max e Caroline, e das pessoas que as rodeiam vai-se desenvolvendo, as suas aventuras e as aventuras dos seus amigos vão-se misturando e envolvendo e toda a série está muito bem estruturada.
Não fosse por acaso fazer parte da produção Whitney Cummings, uma das mais conceituadas humoristas norte-americanas, e Michael Patrick King, que fez parte da equipa de produção de uma das minhas séries preferidas,“O Sexo e a Cidade”.
É uma série muito original, imprevisível, inteligente, aborda temas da actualidade e também outros bastante realistas, como é viver nas lonas, e por eu estar a viver assim, nas lonas, identifico-me mesmo muito com bastantes situações do dia-a-dia delas e das verdades que dizem, sobre a "vida de pobre". No entanto dão a conhecer o mundo da classe baixa-média de uma forma muito divertida, original e interessante.

Max (a minha personagem preferida) adora fazer cupcakes, Caroline adora dinheiro, tem estudos, percebe de contas, economia e finanças. Caroline vai trabalhar para o restaurante onde Max trabalha, onde as duas servem às mesas. 
Caroline dá-se conta de que os cupcakes de Max são muito bons e vê ali uma oportunidade de negócio. Desde o primeiro episódio que o objectivo delas passa a ser juntar uma soma de dinheiro pré-estabelecida para abrirem no futuro uma loja de capcakes e poderem assim tentarem ser bem sucedidas e saírem das lonas, com os dons culinários da Max e os dons financeiros de Caroline.

As voltas e reviravoltas que a vida delas dá, os amores e desamores, as amizades que vão conseguindo e perdendo, os segundos empregos que vão arranjando para conseguirem juntar para realizarem o seu sonhos, mantendo sempre o sonho dos cupcakes vivo apesar de todas as dificuldades é incrível, viciante e mais uma vez, muito, muito original.

Algumas das personagens da série
Max Black, a minha personsagem preferida. A mãe é uma bêbada ganzada, e nunca conheceu o pai. Vem de meios pobres e desde pequena que teve de aprender a tomar conta de si própria. É adepta do humor negro e sarcasmo. Desprendida, independente, mal humorada e hilariante. Não gosta de lamechices e diz as verdades na cara de toda a gente. Gosta de uma boa ganza de vem em quando e de ver vídeos na net de gatos a fazerem coisas inacreditáveis.
Adora fazer cupcakes e um dos poucos sonhos que têm é o de tirar um curso de pastelaria.
Caroline Channing, nascida em berço de ouro, milionária, caída em desgraça por causa do seu pai que se envolveu em esquemas fraudulentos. É menina do papá, pois a mãe foi posta fora de casa por ter traído o pai e nunca mais voltou a entrar em contacto com ela. Depois de cair em desgraça e perder tudo o que tinha, incluindo a fortuna, encontra em Max a única pessoa que a ajuda e dá abrigo.
É viciada no projecto dos cupcakes e não tem sorte nos relacionamentos amorosos.
Han Lee, asiático, dono do restaurante e patrão de Max e Caroline. Estão sempre a gozar com a sua pequena estatura e da forma "betinha" com que ele se veste. A pessoa que mais goza com ele, inventando sempre piadas hilariantes e originais (e ofensivas) é a Max.
Oleg Golishevsky, o cozinheiro ucraniano tarado do restaurante. Está sempre a sair-se com piadas sobre sexo, sendo ele um grande "conquistador" sexual, envolvendo-se com muitas mulheres e tentando sempre a sorte com Max e Caroline. A forma original e imprevisível como ele consegue tornar tudo num assunto sexual, até as coisas mais simples (e especialmente relacionado com comida), é muito divertida.
Sophie Kaczynski: "Hey everybody!", é a frase de Sophie sempre que entra no restaurante, junto com assobios o ovações do público, tornando as suas entradas sempre especiais e espalhafatosas, como a própria Sophie. Sophie é uma mulher polaca independente, destemida, feminina, "mamalhuda", matrona e desinibida.
"Hey girls!" é a frase sempre que vai ter com Max e Caroline, sendo que com o avançar da série se torna muito amiga delas duas, mas Sophie, tal como eu, tem uma maior afinidade com Max, É viciada nos cupcakes de Max (isto na série já dava uma piada).
Earl é o caixeiro do restaurante, tem uma grande afinidade com Max, que diz que ele é como um pai para ela, já tem mais de 70 anos, e está sempre a fazer piadas sobre a velhice e sobre ser negro. Tocou Jazz "nos velhos tempos", e até chegou a gravar um cd que tem à venda lá no restaurante. Gosta de uma boa chávena de café, algo que tem sempre ao pé ou na mão, e não diz não a uma boa ganza.

É sem dúvida uma das minhas séries preferidas de sempre!

**Todo este texto foi elaborado por mim, se o quiseres usar, por favor, usar os devidos direitos.

Comentários

  1. Adoro esta série! Ainda ontem falei dela a uma amiga, é para rir do início ao fim! Recomendo também :)

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  2. Vi vários episódios desta série e gostei. Mas, a certa altura, comecei a ficar um pouco cansada da mesma e comecei a não acompanhar.

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    1. As temporadas mais chatinhas, na minha opinião, são a segunda e quinta temporada, mas vale sempre a pena, eu adoro-as! :D

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  3. Eu amei cada um e quase todos episódios dessa série (que diga-se de passagem maratonei forte xD) mas o último episódio foi tão decepcionante que até fiquei a pensar se realmente seria o fim... Mas afinal foi -_- triste muito triste

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    1. Foi mesmo o fim? Ia jurar que ainda iam lançar pelo menos mais uma, que cena, ainda havia material para continuar! :(

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