Opinião: A Promessa | Lesley Pearse
[Segundo Volume da Saga Belle] - Aconselho a leitura da sinopse e da opinião apenas após a leitura do primeiro volume
SINOPSE: No início de julho de 1914, a Europa vive os seus últimos dias de inocência. A jovem Belle realizou os seus sonhos. A uma infância pouco comum seguiram-se anos dramáticos, ao longo dos quais quase cedeu ao desespero. Mas a sua coragem e determinação prevaleceram. A sua vida é agora feliz. Está casada com Jimmy, o seu primeiro amor, e conseguiu abrir a elegante loja de chapéus que sempre desejou. Mas a História do mundo está prestes a mudar. A I Guerra Mundial vai arrastar consigo milhões de pessoas. Belle e Jimmy abdicam de tudo para defenderem o seu país. São ambos destacados para França, onde Jimmy vai arriscar a vida nas trincheiras e Belle conduz uma ambulância da Cruz Vermelha. É um tempo de devastação sem precedentes em que sobreviver a cada dia representa uma vitória. E é quando o passado menos ocupa os seus pensamentos que Belle será obrigada a confrontá-lo pela derradeira vez. Bastará um momento. Um homem. Um olhar. Entre a luta pela sobrevivência, uma paixão proibida e a lealdade devida a um grande amor, Belle está perante uma escolha impossível. Mas ao viver na pele um dos mais sangrentos conflitos da História, terá ela poder sobre o seu destino? A Promessa é a continuação da história de Belle, a inspiradora heroína de Sonhos Proibidos.
Mais uma vez, uma das coisas que mais estou a gostar nesta saga é que começa e termina com nexo. Princípio, meio e fim. Nada é deixado ao acaso, e até se pode começar a ler por qualquer um e depois ler os outros para compreender certas coisas mais profundamente que a história continua a fazer sentido, mas eu prefiro sempre ler na ordem correcta e estar completamente a par do que se passa ou passou.
Como eu já sabia que ia haver continuação (mas recusei-me a ler as sinopses!) fiquei logo com as minhas suspeitas sobre a forma como algumas coisas provavelmente iriam acontecer. E acertei numas quantas.
Só não percebi o motivo do título do livro... Que promessa?
No entanto é uma história muito interessante, muito envolvente, gostei de conhecer a Belle adulta, fascina-me a sua coragem e sentimentos, força e destreza, e é incrível as voltas que a vida dá e as peripécias do destino.
A história vai seguindo o seu rumo, continuamos a acompanhar Belle, a sua vida e a vida de quem os rodeia. Desta vez, já não basta o que ela passou na época vitoriana, agora está iminente o inicio de uma grande guerra.
A Primeira Grande Guerra.
Aprendi muito a ler este livro, além do fantástico enredo de sempre que Lesley Pearse desenvolve, onde nunca nada é garantido, com personagens tanto masculinas como e especialmente femininas muito fortes, corajosas e dignas. Entramos completamente dentro da vida e acontecimentos da primeira guerra, em primeira mão, tanto da perspectiva de Belle como de quem combate nas frentes.
Antes de a guerra começar ainda há o dia a dia da vida de Belle, fez-me recordar de que muitas vezes, aquilo com que mais sonhamos é melhor em forma de sonho, do que na realidade é. E quando descobrimos isso vemos que afinal os sonhos mudam, mas as pessoas também...
Depois, rebenta a guerra, mais horrorosa do que já se tinha visto no mundo civilizado, ou pelo menos envolvendo tantos países, tantas centenas de milhares de pessoas que perderam a vida, e para quê? E porquê?
É algo que já tentei perceber e não consigo. Os "grandes" começam as guerras, e os pequenos é que se chegam à frente e morrem, matam ou ficam lesionados e desfigurados para o resto da vida. Mas quem começa essas guerras está detrás de uma secretária, sem que nada lhes aconteça, a mandarem "carne para canhão"! E grande parte das vezes sem fazerem a mais pequena ideia do que raio estão a fazer!!!
Quando finalmente a guerra acaba, o que se ganha?
Nada!
O que se perde?
Tudo!
Descobrem-se os bravos, e os que não o são. Mas o que é ser bravo numa guerra? Ter um "peixe grande" a dizer: "atirem-se!" e atirarem-se para a frente de rajadas de disparos de armas e obuses (canhões), e granadas? Para tentar chegar ao outro lado e disparar por sua vez e matar tudo o que lá estiver? Matar ou ser morto? E mais uma vez, para quê?
Ao menos nos tempos medievais e nas guerras civis americanas, no antigo Egipto, entre outras, o comandante/general ia, na maior parte das vezes, sempre à frente, ou no mínimo entrava na batalha!
E nesses tempos era para lutarem ou por algo em que acreditavam, por exemplo, a emancipação dos negros ou para defenderem as suas terras, os seus países das invasões, das conquistas de territórios, ... Ai, infelizmente, nada se podia fazer a não ser ir à luta, e defender a nossa pátria, os nossos amigos, a nossa família.
Agora as guerras que se fazem por estupidez humana, ganância, cobiça...
Neste livro e em outros dos géneros que já li, muitas vezes leio os relatos de quem participou na guerra, seja soldado, jornalista, enfermeira, ... Todos os que a viveram, perguntam o mesmo: "Para quê? Já me esqueci do motivo pelo qual fazemos isto, qual o objectivo, qual a causa, e já não acredito em nada disto!"
Não passa tudo de jogos e intrigas, poder e dinheiro à custa de tantas vidas. E aqueles que sobrevivem à guerra, ou morrem de doenças, ou em acidentes estúpidos ou ficam, pura e simplesmente tão traumatizados com o que viveram que dificilmente voltam a ter o que se pode chamar uma "vida", além de acabarem com toda ou quase toda família,conhecidos e amigos mortos, alguns não aguentam e matam-se...
E para quê?....
No entanto é uma história muito interessante, muito envolvente, gostei de conhecer a Belle adulta, fascina-me a sua coragem e sentimentos, força e destreza, e é incrível as voltas que a vida dá e as peripécias do destino.
A história vai seguindo o seu rumo, continuamos a acompanhar Belle, a sua vida e a vida de quem os rodeia. Desta vez, já não basta o que ela passou na época vitoriana, agora está iminente o inicio de uma grande guerra.
A Primeira Grande Guerra.
Aprendi muito a ler este livro, além do fantástico enredo de sempre que Lesley Pearse desenvolve, onde nunca nada é garantido, com personagens tanto masculinas como e especialmente femininas muito fortes, corajosas e dignas. Entramos completamente dentro da vida e acontecimentos da primeira guerra, em primeira mão, tanto da perspectiva de Belle como de quem combate nas frentes.
Antes de a guerra começar ainda há o dia a dia da vida de Belle, fez-me recordar de que muitas vezes, aquilo com que mais sonhamos é melhor em forma de sonho, do que na realidade é. E quando descobrimos isso vemos que afinal os sonhos mudam, mas as pessoas também...
Depois, rebenta a guerra, mais horrorosa do que já se tinha visto no mundo civilizado, ou pelo menos envolvendo tantos países, tantas centenas de milhares de pessoas que perderam a vida, e para quê? E porquê?
É algo que já tentei perceber e não consigo. Os "grandes" começam as guerras, e os pequenos é que se chegam à frente e morrem, matam ou ficam lesionados e desfigurados para o resto da vida. Mas quem começa essas guerras está detrás de uma secretária, sem que nada lhes aconteça, a mandarem "carne para canhão"! E grande parte das vezes sem fazerem a mais pequena ideia do que raio estão a fazer!!!
Quando finalmente a guerra acaba, o que se ganha?
Nada!
O que se perde?
Tudo!
Descobrem-se os bravos, e os que não o são. Mas o que é ser bravo numa guerra? Ter um "peixe grande" a dizer: "atirem-se!" e atirarem-se para a frente de rajadas de disparos de armas e obuses (canhões), e granadas? Para tentar chegar ao outro lado e disparar por sua vez e matar tudo o que lá estiver? Matar ou ser morto? E mais uma vez, para quê?
Ao menos nos tempos medievais e nas guerras civis americanas, no antigo Egipto, entre outras, o comandante/general ia, na maior parte das vezes, sempre à frente, ou no mínimo entrava na batalha!
E nesses tempos era para lutarem ou por algo em que acreditavam, por exemplo, a emancipação dos negros ou para defenderem as suas terras, os seus países das invasões, das conquistas de territórios, ... Ai, infelizmente, nada se podia fazer a não ser ir à luta, e defender a nossa pátria, os nossos amigos, a nossa família.
Agora as guerras que se fazem por estupidez humana, ganância, cobiça...
Não passa tudo de jogos e intrigas, poder e dinheiro à custa de tantas vidas. E aqueles que sobrevivem à guerra, ou morrem de doenças, ou em acidentes estúpidos ou ficam, pura e simplesmente tão traumatizados com o que viveram que dificilmente voltam a ter o que se pode chamar uma "vida", além de acabarem com toda ou quase toda família,conhecidos e amigos mortos, alguns não aguentam e matam-se...
E para quê?....
Adorei este post, a tua opinião e as imagens.
ResponderEliminarE também adoro o livro, aprendi bastantes coisas com ele.
É absolutamente fascinante um livro que nos consegue envolver de tal maneira que por vezes até nos esquecemos de respirar e ao mesmo tempo aprendermos tanto, de tal forma que parece que somos transportadas para aquele tempo e quando fecho o livro parece que dei um pulo no tempo....
EliminarNão conheço a autora e é uma das que me intrigam. Para além disso, gosto muito de livros cujo contexto é a guerra, apesar de a detestar e considero que há certos livros que deveriam ser obrigatoriamente lidos, como A Oeste Nada de Novo, para perceberem que a guerra, seja qual for, é sempre estúpida e com perdedores em ambos os lados!
ResponderEliminarConcordo em pleno...
EliminarTemos de saber de onde viemos para saber para onde vamos...
Gostei muito de ler a opinião. Com as guerras perdemos todos.
ResponderEliminarEsta saga da Lesley Pearse é das mais incríveis e emocionantes que já li na vida...
EliminarAs I e II Guerras Mundiais têm dado azo a relatos fantásticos e, simultaneamente, de partir o coração. Esperemos que a lição tenha sido aprendida...
ResponderEliminarÉ isso mesmo, exactamente por essas palavras... heróis se descobrem, histórias se desenvolvem, mas os danos colaterais... :(
Eliminaradorei o modo como apresentaste o livro, mas não achei piada a este. Não li os anteriores mas achei este muito insosso. Detestei o que aconteceu à personagem Jimmy, acho que apesar de ser o lógico não havia necessidade disso... achei que houve demasiadas mortes desnecessárias. parece que ficou sem saber o que fazer com elas então: matou-as. Não achei piada ao livro.. o inicio sim.. o resto nop.
ResponderEliminarEsta saga convém mesmo ler por ordem para se ter melhor entendimento dos acontecimentos, no entanto a Lesley é MUITO cruel com as suas personagens, comentei num dos livros dela que a dada altura há livros em que eu penso: "Porra, Lesley, já chega! Que mais lhes falta acontecer?!" mas se formos a ver a vida real é mesmo assim ... até me parte o coração que aches isso... (╥︣﹏╥᷅)
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