Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra


O Palácio Nacional de Mafra possui uma das mais importantes bibliotecas portuguesas, com um valioso acervo de c. de 36.000 volumes, verdadeiro repositório do Saber. De destacar algumas obras raras como a colecção de incunábulos (obras impressas até 1500) ou a famosa “Crónica de Nuremberga” (1493), bem como diversas Bíblias ou a primeira Enciclopédia (conhecida como de Diderot et D’Alembert), os Livros de Horas iluminados do Séc. XV e ainda um importante núcleo de partituras musicais de autores portugueses e estrangeiros, como Marcos Portugal, J. de Sousa, João José Baldi, entre outros, especialmente escritas para o conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica.

A atestar a importância desta colecção, uma Bula concedida pelo Papa Bento XIV em 1754, para além de proibir sob pena de excomunhão, o desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas sem licença do Rei de Portugal, concede-lhe autorização para incluir no seu acervo os livros proibidos pelo Index. O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 36.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, graças à acção da Ordem Franciscana, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.

Abrange áreas de estudo tão diversa como a medicina, farmácia, história, geografia e viagens, filosofia e teologia, direito canónico e direito civil, matemática, história natural, sermonária e literatura. Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construída por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura.

O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como incunábulos. Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.

A biblioteca de Mafra é também conhecida por acolher morcegos, que ajudam a preservar as obras. Os morcegos saem de noite de caixas que estão por baixo das estantes e, numa noite, cada morcego alimenta-se de cerca de 500 insetos, o equivalente à metade do seu peso.
***

Eu já o visitei. Adorei ver os morcegos por lá a voar! Muito fixe, gosto de morcegos.
Foi pena não nos terem deixado consultar os livros... Nem sequer lhes pudemos tocar, o que é compreensível. Não há dúvida que é linda, com um encanto místico... :3
E vocês, já a visitaram?

Comentários

  1. Eu, infelizmente, ainda não visitei mas quero muito.
    Mas o dia que lá entrar deve dar-me um fanico e acho que não vou querer sair de lá!! De tão linda que é... parece um paraíso literário!! =D

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    1. Entramos sempre lá acompanhados, por isso quer queríamos, quer não, acabamos sempre por sair! =P
      Foi lindo de ver, mas em parte senti-me quase com medo de respirar, quanto mais tocar fosse no que fosse, aquilo é um tesouro sem preço e uma pessoa quase que fica com medo só de olhar!

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  2. Eu gostava muito de a visitar (mas a parte dos morcegos dispenso :) )

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    1. Haha xD Não vi nem um as vezes que lá fui, mas eu por acaso gosto de morcegos...

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